XINA11: O Guia Definitivo do ETF para investir na China

XINA11

14 de agosto de 2023

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O que é XINA11?

XINA11 é um fundo de investimento, da modalidade ETF (Exchange Traded Fund), que busca refletir as variações de um índice específico. Ele é indexado no MSCI China – indicador que reflete as variações da bolsa de valores chinesa.

Destaques

  • XINA11 é um mecanismo que busca facilitar a entrada do investidor brasileiro no mercado chinês. Mesmo com pouco dinheiro, é possível comprar a cesta com mais de 700 ativos, diversificando sua carteira e diminuindo seu risco financeiro.
  • Seu lançamento ocorreu ao fim de 2020 e sua performance até agora ficou bem abaixo de outros indicadores, como CDI e Ibovespa.
  • O ativo possui exposição cambial em dólar. Ou seja, caso o dólar aprecie em relação ao real, a cota irá valorizar. Caso o dólar deprecie, a cota irá desvalorizar.

MSCI China

O índice do fundo é o MSCI China, que busca refletir o valor de capitalização das grandes e médias empresas chinesas – cobrindo ações chinesas do tipo A, H, B, Red Chips, P Chips e listagens estrangeiras.

Em termos quantitativos, esse índice abrange mais de 80% do valor da bolsa chinesa.

Composição

É possível encontrar as maiores empresas chinesas dentro desse ETF. Desde gigantes como Tencent, até empresas menos conhecidas ao público ocidental, como CSPC.

Principais empresas da carteira

Ordenando por valor de mercado (2023), as 5 maiores empresas do fundo são:

  • Tencent (~US$1bi): mega conglomerado de tecnologia e entretenimento, com atuação de destaque em diversas áreas, desde e-commerce, até games;
  • Alibaba (~US$750mi): bastante conhecido pelo público brasileiro, foi fundada por Jack Ma em 1999 e hoje é um dos maiores e-commerces do mundo, atuando com uma ampla horizontalização em sua cadeira de valor;
  • Meituan (~US$350mi): empresa baseada na compra de grupo com descontos (similar ao modelo do Groupon, mais conhecido no Brasil);
  • CCB (~US$200mi): fundado em 1954, é o maior banco chinês e segundo maior do mundo;
  • Jingdong (~US$170mi): mais um e-commerce na lista, com destaque para seus altos investimentos em Inteligência Artificial e drones, para automatização de sua logística.

Exposição setorial

Por representar as grandes empresas chinesas, existe uma ampla abrangência de setores dentro da carteira.

Vale destacarmos os 3 maiores blocos, que representam cerca de 70% do ETF:

  • Bens de consumo, com destaque para Alibaba, Meituan e Jingdong
  • Comunicações, com destaque para Tencent, Netease e Baidu
  • Finanças, com destaque para CCB, Ping e Bank of China

Vantagens

XINA11 é uma alternativa prática e barata para investidores brasileiros que queiram aumentar sua exposição ao mercado chinês.

  • Potencial de valorização: durante as próximas 2 décadas, tudo indica que iremos vivenciar a China se tornando a maior potência economica mundial, ultrapassando os EUA. Investir em XINA11, é apostar no crescimento das empresas chinesas.
  • Diversificação: quanto mais diversificada a carteira do investidor, menor será seu risco não-sistêmico. Nessa ótica, o XINA11 pode ser um ativo atrativo para uma carteira com recursos muito concentrados no Brasil ou em reais.
  • Praticidade e baixo custo: por se tratar de um ETF com gestão passiva, seus custos são bastante competitivos. Adicionalmente, o investimento e desinvestimento pode ser feito de maneira muito simplificada via home broker.

Desvantagens

Como todo investimento, há riscos envolvidos.

  • Desafios macroeconômicos chineses: nos últimos anos, vimos uma estabilização do crescimento do PIB chinês. Os propulsores de crescimento do começo do século perderam força e há dúvidas sobre a veracidade dos dados de crescimento divulgados pelo Partido Comunista Chinês.
  • Alta alavancagem das empresas chinesas: no frenesi de crescimento das últimas décadas, diversas empresas chinesas acabaram se endividando excessivamente. Há risco de insolvência de algumas das principais corporações, o que pode fazer o ETF desabar em valor.
  • Risco cambial: por ser um investimento dolarizado, além dos riscos do ativo, há o risco de uma desvalorização do real, frente ao dólar – o que faria o valor do ETF ficar abaixo do seu índice de referência.

Características do XINA11

Propriedades

  • Administrador: Banco BNP Paribas Brasil S.A.
  • Custodiante: Banco BNP Paribas S.A.
  • Gestor: XP Allocation Asset Management
  • Formador de mercado: Credit Suisse S.A. Corretor de Títulos e Valores Mobiliários
  • Código B3: XINA11
  • Taxa de administração: 0,3% a.a.
  • Início do fundo: dezembro de 2020
  • Tributação: 15% sobre ganho de capital

Contato

O diretor responsável é o Frédéric Jean-Christophe Thomas. O contato pode ser feito através do telefone (11) 3841-3157 ou pelo email atendimentoafs@br.bnpparibas.com.

Caso seja necessário contatar o gestor do fundo, é possível enviar sua mensagem nesse formulário.

Conclusão

A rentabilidade histórica do XINA11 até hoje está bem aquém do Ibovespa e do CDI. Porém, não é possível prever sua rentabilidade futura com dados do passado.

Não há investimento perfeito. Há escolhas racionais para montar uma carteira de investimentos. Dentro dessa perspectiva, XINA11 é uma ferramenta que pode ou não pode fazer sentido dentro de uma estratégia de investimentos coesa.

Caso tenha interesse em aprender mais sobre um ETF focado na NASDAQ, conheça o NASD11;

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