TECB11, o ETF das Empresas Techs brasileiras

O TECB11, um ETF da Magnetis, que oferece aos investidores a chance de mergulhar nas ações de tecnologia brasileiras. Gerenciado pela Magnetis e rastreando o Índice de Ações Tech Brasil calculado pela Teva Índices, este ETF busca proporcionar uma representação mais equitativa das techs brasileiras no cenário de investimento. O fundo encapsula a vanguarda tecnológica do Brasil, abrangendo desde intermediação financeira e e-commerce até softwares, hardwares e gestão de dados.

Contexto do TECB11

O Panorama das Techs no Mercado Global

Enquanto os índices das bolsas de valores globais têm sido impulsionados pelo setor de tecnologia na última década, é impossível ignorar o destaque das big techs, especialmente nos Estados Unidos. Estas gigantes do setor de tecnologia têm transformado mercados e chamado a atenção de investidores de todos os cantos do mundo.

A Desproporcional Representação das Techs no Brasil

Apesar de sua relevância global, quando se olha para o cenário brasileiro, as empresas tech nacionais não ganham a mesma visibilidade. Essa discrepância é evidente quando comparamos a exposição das empresas de tecnologia no Ibovespa com índices internacionais. A comparação se torna ainda mais gritante quando observamos o crescimento dos IPOs de empresas de tecnologia brasileiras.

Diferencial do TECB11

Diferente de muitos fundos que optam por uma gestão ativa, o TECB11 segue uma abordagem passiva, espelhando-se fielmente no índice de referência sem intervenção analítica. A ideia é refletir com precisão a performance do setor tech brasileiro, permitindo que os investidores ampliem sua exposição neste nicho emergente.

A Ascensão das Techs Brasileiras no Cenário Global

• Contextualização Global: A presença dominante das grandes empresas tecnológicas – ou big techs – no cenário internacional tem sido inegável. Estas empresas têm moldado inovações e definido tendências em várias frentes da economia.
• Techs no Brasil: Apesar da onda global de avanço tecnológico, as empresas tech brasileiras têm lutado por um espaço no holofote. Com o Ibovespa dedicando apenas 1,2% de sua carteira a estas empresas, contrastando fortemente com índices como o Nasdaq-100 e o S&P 500, a necessidade de diversificação torna-se evidente.

O Papel do TECB11 no Mercado de Investimentos

• Introdução ao TECB11: Lançado em 4 de outubro de 2021 e gerido pela Magnetis, o TECB11 segue o Índice de Ações Tech Brasil. Este ETF não apenas inclui ações de empresas de tecnologia estabelecidas no Brasil, mas também BDRs, fornecendo uma visão mais holística do mercado tech.
• Segmentação do Índice:
  • Intermediação Financeira: Enfocando em sistemas de intermediação financeira e serviços digitais.
  • E-Commerce: Representado por empresas cujas vendas digitais compõem ao menos 50% de sua receita.
  • Software, Hardware e Dados: Abrangendo empresas envolvidas no desenvolvimento, produção e comercialização dessas tecnologias, bem como na gestão e análise de dados.
• Principais Componentes do TECB11: Algumas empresas notáveis que fazem parte deste índice incluem Mercado Livre, PagSeguro, Magazine Luiza, Banco Inter, entre outras.

Funcionamento e Estratégia do TECB11

• Natureza Passiva do Fundo: Ao contrário de outros fundos que adotam uma abordagem ativa, o TECB11 espelha seu índice de referência. Sem análises fundamentais ou técnicas, o fundo segue estritamente a composição do índice.
• Alocação de Ativos: A política do TECB11 é aplicar pelo menos 95% de seu patrimônio em ações pertencentes ao índice de referência, com os 5% restantes tendo uma alocação mais flexível.
• Dividendos e Bonificações: Qualquer bonificação ou dividendo pago pelas empresas do índice é reinvestido no próprio fundo.

Vale a Pena Investir no TECB11?

Vantagens:

• Diversificação: Um único investimento no TECB11 oferece exposição a 25 empresas tech brasileiras e BDRs.
• Exposição Multisegmentada: Investidores se beneficiam da tese de tecnologia em três segmentos distintos, todos com potencial de crescimento.

Desvantagens:

• Falta de Autonomia: A natureza passiva do fundo limita a capacidade do gestor de reagir a mudanças específicas do mercado.
• Taxas: O TECB11 cobra uma taxa de administração de 0,60% ao ano.

Análise do Investimento no TECB11

Empresas Constituintes e Perspectivas de Crescimento

• Mercado Livre: Esta gigante do e-commerce sul-americano tem mostrado robustez na expansão, com a diversificação de suas operações em áreas como logística e fintech. A empresa continuamente investe em inovação e está se posicionando como um líder incontestável na América Latina.
• PagSeguro: Operando no nicho de soluções de pagamento, o PagSeguro beneficia-se da crescente digitalização das transações financeiras no Brasil. A empresa também tem ampliado sua atuação, buscando conquistar mais espaço no setor de fintech.
• Magazine Luiza: Conhecida pelo bem-sucedido processo de digitalização, a Magazine Luiza transformou-se de uma rede de lojas físicas em uma das principais potências do e-commerce brasileiro. Há expectativas positivas quanto à sua expansão e consolidação no mercado online.
• Banco Inter: Representante do segmento de bancos digitais, o Banco Inter tem crescido exponencialmente, apresentando soluções inovadoras e um modelo de negócio que desafia os bancos tradicionais.

Potencial de Retorno

Dada a evolução do cenário macroeconômico brasileiro, com avanços na legislação e aumento da penetração digital, empresas de tecnologia estão bem posicionadas para aproveitar oportunidades emergentes.

• Cenário Macroeconômico: Com políticas monetárias favoráveis e esforços para aprimorar a infraestrutura digital, o Brasil cria um ambiente propício para a expansão das techs.
• Cenário das Empresas: Cada uma das empresas listadas tem demonstrado capacidade de adaptação e inovação, posicionando-as para capitalizar sobre tendências setoriais.

Caso queira explorar possibilidades de retorno com criptomoedas, saiba mais sobre o QETH11, o ETF da Ethereum.

Riscos Atrelados ao TECB11

• Volatilidade de Mercado: Sendo o setor de tecnologia inerentemente volátil, oscilações podem ser intensas e frequentes.
• Concorrência Internacional: Empresas globais, como Amazon e Apple, podem intensificar sua presença no mercado brasileiro, desafiando as empresas locais.
• Riscos Regulatórios: Mudanças na legislação, principalmente aquelas que afetam o setor de fintech e e-commerce, podem impactar as operações das empresas do índice.

Recomendações

Antes de tomar uma decisão de investimento:

• Diversificação: Considere o TECB11 como parte de uma carteira diversificada, mitigando riscos setoriais.
• Pesquisa Adicional: Embora o TECB11 oferte exposição a várias empresas promissoras, é vital entender a dinâmica de cada uma delas individualmente.
• Horizonte de Investimento: Devido à natureza volátil do setor de tecnologia, invista no TECB11 com um horizonte de longo prazo.

Conclusão

O universo tecnológico brasileiro, representado por empresas como as do índice TECB11, promete uma trajetória interessante de crescimento e adaptação ao cenário digital emergente. No entanto, como todo investimento, é essencial uma abordagem cuidadosa, pesquisando e entendendo individualmente cada componente do índice.

A natureza dinâmica da tecnologia e os desafios do cenário brasileiro trazem volatilidade, mas também oportunidades. Ao considerar o TECB11 como parte de uma estratégia de investimento, os investidores devem manter um horizonte de longo prazo e estar preparados para as oscilações do mercado.